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terça-feira, 5 de março de 2013

A Canção do Avadhut




Eu não tenho nascimento, nem morte e nem deveres.
Eu nunca fiz nada bom ou mau.
Eu sou puramente Brahman, o Absoluto além de todas as qualidades.
Como poderia existir para mim escravidão ou liberação?
Se Deus é onipresente, imutável, completo, sem quaisquer partes, então não há qualquer
divisão neste Deus.
Como então ele poderia ser concebido como estando dentro ou mesmo fora?
O universo inteiro está brilhando como Um, sem qualquer cisão ou ruptura ou partes separadas.
A idéia de Maya, a grande ilusão, é ela mesma a grande ilusão.
Dualidade e não dualidade são meramente conceitos da mente.
O mundo da forma e o vazio informe.
Nada disto existe independentemente.
No Um, não há qualquer separação ou união.
Verdadeiramente não há nada, exceto pela consciência-Shiva apenas.
Eu não tenho mãe, pai ou irmão.
Eu não tenho esposa, nem marido, nem filho ou amigo.
Eu não tenho apegos ou não apegos.
Como então tu justificas esta ansiedade da mente? Oh mente!
Não há nem o dia de manifestação, nem a noite de dissolução.
Minha luz contínua nem se levanta nem se põe.
Como poderia um homem sábio sinceramente acreditar que a existência sem forma é afetada pelas formas? Ela não é inteira nem é dividida.
Ela não experimenta tristeza ou alegria.
Ela não é o Universo nem o não-Universo.
Compreenda que o Self é eternamente Um.”


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