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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Anubis

 

Na antiga cultura egípcia, a morte não era um fim, mas um portal! Ankh (a Cruz Ansata), o emblema no peitoral deste Deus do Panteão egípcio (Anubis) é o Simbolo da Vida Eterna (muito antes da cristandade, diga-se de passagem, a Sagrada Cruz já era um Símbolo filosófico/metafísico). Anubis é um Deus Negro, mas, em sua assumida negritude, há uma imensa promessa de Luz subjacente à sua severa e nobre tarefa de Guardião-Chacal que embalsama o corpo e liberta a Alma-Ba! Bela Estátua!

Jorge Pi

terça-feira, 13 de maio de 2014

Ler os Clássicos...

  Leitura de leitura redunda em não ler, de fato, secundariamente, o que, primeiramente, fora lido e, em seguida, interpretado, esquadrinhado ou, talvez, apenas retorcido (ou, pior até, distorcido!)... Pois, certa ou errada, toda interpretação há de nos tolher, inapelavelmente, a insubstituível experiência direta, em detrimento dos bem-intencionados esforços em transmitir, ipsis litteris, o que poderíamos honestamente denominar claras sombras da forma-coisa travestida em conhecimento, quando, muito, encerra, tão-somente, informação ou, até mesmo, deformação.

- Jorge Pi

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexão...


Ousei publicar algo por mim produzido em distante e pueril adolescência... Consiste em meia parte do que produzi, então; fruto de uma necessidade de diálogo interno, enquanto aprendia a maturar o mundo (e confesso que nunca mais deixei de andar pelos caminhos do aprendizado!). Reluto-me a decidir por publicar aquele que já denominei PENSATORIUM: PEQUENO DIZER POESIA POUCA. Está prontinho! Mumificado e depositado em sarcófago plebeu, consiste em contraparte da aludida neófita ousadia pretérita. O primeiro, A PEDRA AZUL (com o seu atual 'soar', em anexo), surgiu de uma necessidade de expressar a aura de uma experiência particular ('dèjá-vu'). A linguagem poética me foi de preferência, à prosaica (dada a minha natural tendência à expressão prolixa; não, por pretensão, mas, sim, por opção salvífica). E, em gotas homeopáticas, pude sorver a beberagem que me restou em catarse... É que, num belo dia, fitando uma folha de uma árvore, tive a impressão de já tê-la visto, como se me fora velha e íntima conhecida companheirinha,,, Como todo déjà-vu, vi e tive a impressão de já ter visto... Mas, em mote, fora como se o Planeta Terra comigo falasse, incisiva e silenciosamente, através daquela pequenina folha. E, em seu falar silencioso, podia mensurar grandeza tal que incapaz seria de não me abalar o chão em que estava a pisar... Então, senti-me alargar o peito, como se duas mãos invisíveis, delicadamente, rasgasse-me o tórax em paradoxal influxo de plenitude e harmonia que, filialmente, expunha-me à 'Mãe-Natur'; então, carnalmente desnudo, num 're-parto' de mim mesmo, num maravilhamento sombrio e luminoso como o se fitar o Sol e o se tornar Cegueira... Porém, cego, vi mais do que acostumado estava... intui estar vendo a folha, enquanto 'testemunhava' uma Eternidade a mirar, também, num alinhamento que nos unificava e nos confundia... Eu, Jorge Luiz Pinheiro Souza, via a folha na temporalidade, numa sincrônica ação de olhar e ver de um Eu Mais Profundo que habita em todos nós e que também via aquela folha no âmbito da ETERNIDADE... Por isso a sensação de olhar algo e ter a impressão de já ter visto antes, que acomete toda a experiência 'déjà-vu'... Nada de prova de outra vida ou coisa que o valha (não que não exista, absolutamente... quem sabe?!)... Nem, tão pouco, uma disfunção da Memória... Defendo a tese de que, quando em sintonia com o olhar do Eu Maior da Humanidade, o que quer que seja visto/experienciado (uma cadeira, uma sala, um velho edifício, uma antiga cidade...uma folha de árvore), carregado da 'sensação de Eternidade' com a qual se é preenchido, humanamente, somos levados, cognitivamente, ao construto da 'sensação do já ter visto' (e nunca ao do que 'será' visto, por não termos ainda vivido o FUTURO). Assim, pus as mãos em meus olhos no intuito de comungar com o 'cerebral não-ver' e experienciar um 'cardíaco sentir'... Simplesmente, vi-me tal qual era/sou: PINININHO... E me rebatizei: ...Jorge Pi! Portanto, A PEDRA AZUL tenta Dizer... 'PENSATORIUM...' reflete aquela tentativa. No mais, relegue-se qualquer intento de ser Escritor/Poeta... Gosto mesmo é de me 'pensar' pequenino compositor...

Jorge Pi