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domingo, 30 de setembro de 2012

Ontológica Constatação...

      



Há algo de inusitado naquilo que nos parece óbvio. Acostumados que estamos à sua familiar conceituação, deixamo-nos enganar, quanto à captura última, em razão de apressada avaliação que se estabelece com extrema facilidade nos domínios do mundo em que nos encontramos.
               Dizer que "todo ente é no ser", como disse Heidegger em "Que é isto - a filosofia?", é um magnífico exemplo de constação do óbvio. Mas, ao mesmo tempo, é pressentir o inusitado e instaurar a estupefação. E, isto, não de forma determinada, mas num quê de paradoxal alheiamento em conexão profunda com tudo aquilo que há de mais estrutural em nossa capacidade de entendimento.
              Que necessidade temos de conhecer o desconhecido? Ora... a esta pergunta, cabe-nos rebater com uma outra: e se o conhecido necessitar, ele mesmo, de maiores cuidados e atenta observação, em que instância derradeira poderemos nos encaminhar para comungarmos com aquilo que, de fato, ele seja, senão aquela que, por fim, há de nos surpreender por conter em si o germe do des-conhecido? Pois, tudo, em aprofundamento contínuo, sempre desemboca em uma incógnita que revela a percepção de um vazio conceitual a proclamar a magnitude de um silêncio abismal...
             Assim, mesmo os antigos gregos não se sustentaram senão no espanto, graças ao qual, ousaram encarar o mundo e a si mesmos, não com aquela atitude de superioridade tola de quem sabe e se dá apenas ao trabalho de conservar e nunca mais esquecer; mas, convictos de que há mais poder no perguntar, e no perguntar com método e rigor, do que na pretenciosa tendência a supervalorizar respostas, por mais que consistentes e esclarecedoras; eles encararam o ente, numa sutil correspondência com uma indagação visceral e o vislumbraram em permanente recolhimento naquilo que constitui ele mesmo, numa impassível e quase improvável perene reverberação: o Ser...
Jorge Pi 

sábado, 29 de setembro de 2012

Novos Baianos - Acabou Chorare Álbum Completo


Novos Baianos Acabou Chorare Álbum Completo em HD. Acabou Chorare é o segundo álbum de estúdio do grupo musical brasileiro Novos Baianos. O disco foi lançado como Long Play em 1972 pela gravadora Som Livre, após o relativo sucesso de É Ferro na Boneca (1970), que ainda procurava identidade. Adotando a guitarra expressiva de Jimi Hendrix e a brasilidade de Assis Valente, e sobretudo a influência estrondosa de João Gilberto, que também serviu de mentor do grupo na época da realização do disco, o grupo realizou uma obra que apresenta grande versatilidade de gêneros musicais.
Sua faixa de abertura, "Brasil Pandeiro", foi proposta por Gilberto e é um dos sambas, ao lado de "Recenseamento", que Valente havia escrito para a recém-chegada Carmem Miranda dos Estados Unidos; ela aceitou a segunda, mas ignorou a primeira, que ficou em ostracismo até a regravação dos Anjos do Inferno. O título do álbum e a faixa homônima também foram inspiradas no estilo de bossa nova de Gilberto e numa história contada por ele sobre sua filha com Miúcha, a então bebê Bebel Gilberto, e representa a proposta principal do disco de criticar a tristeza que então dominava a música popular brasileira com alegria, prazer e jocosidade. "Preta Pretinha", por sua vez, virou mania nacional, e "Besta é Tu" e "Tinindo Trincando" dominaram as rádios do país, esta última um belo exemplo da mistura de baião com rock psicodélico.
Mesmo mais de 40 anos após seu lançamento, o álbum permanece como um dos mais importantes da música popular brasileira e também um dos mais influentes. Novas gerações de músicos, especialmente cantoras, como Vanessa da Mata, Marisa Monte, Céu, Roberta Sá, Mariana Aydar, beberam de sua fonte e, além de sua fama, gozou de amplo reconhecimento crítico. Em 2007, na eleição de Lista dos 100 maiores discos da música brasileira feita pela Rolling Stone, Acabou Chorare aparece em primeiro lugar, sendo considerado obra-prima pelos estudiosos, produtores e jornalistas convocados para a votação.

Ficha técnica

Faixas:

Lado um

1. "Brasil Pandeiro" (Assis Valente) 3:58
2. "Preta Pretinha" (Luiz Galvão / Moraes Moreira) 6:40
3. "Tinindo Trincando" (L. Galvão / M. Moreira) 3:26
4. "Swing de Campo Grande" (Paulinho Boca de Cantor / L. Galvão / M. Moreira) 3:10
5. "Acabou Chorare" (L. Galvão / M. Moreira) 4:13

Lado dois
 
1. "Mistério do Planeta" (L. Galvão / M. Moreira) 4:24
2. "A Menina Dança" (L. Galvão / M. Moreira) 3:51
3. "Besta é Tu" (L. Galvão / Pepeu Gomes / M. Moreira) 4:26
4. "Um Bilhete Pra Didi" (Jorginho Gomes) 2:53
5. "Preta Pretinha (reprise)" (L. Galvão / M. Moreira) 3:25

Músicos

Baby Consuelo -- vocal, percussão (maracas, triângulo e afoxé)
Paulinho Boca de Cantor -- vocal, percussão (pandeiro)
Pepeu Gomes -- guitarra elétrica, violão solo, craviola, arranjos
Moraes Moreira -- vocal, violão base, arranjos
Dadi Carvalho -- baixo elétrico
Jorginho Gomes -- bateria, cavaquinho, bongo
 
(Ficha dada por Maria Luiza Kfouri)
Fonte: Youtube

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Caetano Veloso - Bicho (Álbum completo)

Bicho é o nono álbum de estúdio do cantor e compositor baiano Caetano Veloso, lançado em 1977.

Faixas: Odara (Caetano Veloso) Two naira Fifty kobo (Caetano Veloso) Gente (Caetano Veloso) Olha o menino (Jorge Ben) Um índio (Caetano Veloso) A grande borboleta (Caetano Veloso) Tigresa (Caetano Veloso) 
O Leãozinho (Caetano Veloso) Alguém cantando (Caetano Veloso)
Fontes: Wikipédia e Youtube.

Paulinho Pedra Azul - Noite Sem Luar

Nascido na cidade de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha (região nordeste de Minas Gerais), Paulinho é compositor, instrumentista, pintor e escritor. Sua produção musical concentra-se principalmente em canções e serestas românticas. O primeiro disco, "Jardim da Fantasia", foi lançado em 1982 pela RCA, quatro anos depois da mudança para São Paulo, e a música-título ficou conhecida. Depois disso, se apresentou com freqüência em universidades, participou de festivais e lançou discos regularmente nas décadas de 80 e 90, obtendo grande sucesso sobretudo em Minas Gerais. Em 1999 lançou o CD "As Estações do Homem". (Fonte: YOUTUBE)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Maya Beiser e seu violoncelo

A violoncelista Maya Beiser toca um esplêndido estudo moderno para octeto de violocelo com sete cópias de si mesma, em um meditativo e híbrido vídeo musical -- usando a tecnologia para criar infinitas possibilidades para um som transformador. Música "Cello Counterpoint" de Steve Reich, com vídeo de Bill Morrison, seguido de "World to Come" de David Lang, com vídeo de Irit Batsry.

Alexander Tsiaras: Da concepção ao nascimento - visualização (TED)

O produtor de imagens Alexander Tsiaras compartilha uma poderosa visualização médica, mostrando o desenvolvimento humano da concepção ao nascimento e além disso. (Algumas imagens gráficas)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Faço minhas as lindas palavras de minha maninha...




"Puro êxtase! *


Agora, em meu recolhimento interior, lembrando a noite de ontem... Estou emocionada! Percebi a generosidade de amigos queridos marcando presença no relançamento do livro A Pedra Azul, de Jorge Pi, ocorrido na livraria Escariz do Shopping Jardins.
Na ocasião, o momento se fez alegre pela sonoridade do Quarteto de Cordas SONATTAS, pelo cuidadoso coquetel organizado pela cerimonialista Vânia Macedo, pela ambiência de curiosos que entre buscas de livros fitavam-nos discretamente como se estivessem querendo comungar de nosso convívio, e, fundamentalmente, pela significativa presença de vários dos convidados, pessoas estas com as quais o autor possui laços de família e, especialmente, de amizade. Foi deveras um momento mágico, daqueles que conseguimos gravar em nossa memória em lugar especial.
Sabemos que no ritmo frenético em que anda o mundo atual, reservar um tempo para prestigiar um amigo nem sempre depende de nós; é uma das raridades que faz, nas ocasiões em que isso acontece, vivermos a realização de sonho... É uma coisa que se tornou cada vez mais difícil. Também, por essa razão, entendemos as ausências e de coração nos sintonizamos afetuosamente à distância com muitos amigos, sendo igualmente gratos pelos desejos de sucesso emanados por telefone, pela internet ou mesmo pelo pensamento. Amigos sintonizam a mesma frequência vibratória e independe de tempo e espaço para juntos compartilharem a vida!
O lançamento de um livro é uma ocasião perfeita pra se congregar amigos. É uma forma de exposição do registro através das palavras humanas vindas da razão e do sentimento. É um momento importante pela oportunidade de trocar ideias, rever pessoas, interagir com conteúdo que desencadeia novas maneiras de sentir, pensar e fazer em todos a partir de suas leituras. 
Sendo essas expressões poéticas, fazem-se versos as poucas palavras que conjugadas em frases dão na arte de aprofundar ainda mais o pensar-sentindo de cada leitor. Mesmo que a princípio tenha sido de forma tímida, A Pedra Azul saltou do pensamento sensível de um adolescente de 17 anos, hibernou em páginas soltas numa gaveta qualquer de estante e 25 anos depois se fez ‘Livro’ com asas ousadas próprias de poesias! Finalmente, num voo de águia, A Pedra Azul de Jorge Pi conseguiu tomar coragem, anunciando-se para o mundo em páginas de jornais, em falas televisivas e pela comunicação cibernética. Numa primeira edição começa a dar sentido e significado do registro das palavras aos seus leitores que antes cabiam apenas na mente e no coração do seu autor.
A Pedra Azul foi originada a partir de um devaneio que o coração produziu para a mente transformar em versos que um a um se transformaram em poemas e que a cada encontro do autor com o público se multiplicam em muitas outras poesias quão sublime é cada um desses momentos!"






Tereza Cristina Pinheiro Souza
Pedagoga (UFS)


* Texto escrito por ocasião do relançamento do livro de Jorge Pi, A Pedra Azul, em Aracaju/SE, na Livraria Escariz, do Shopping Jardins, em 14/09/2012.  

domingo, 9 de setembro de 2012

Bohana de Olho nas Tiradas de Cauã e Fafael

Clic!
Faça seu pedido clicando na capa do livro acima ou com o autor:
carlos.bohana@yahoo.com.br
Celular: (79) 9981-5935 


            Carlos Augusto Bohana Filho, ou simplesmente "Bohana", é o autor/compilador/observador desta pequena pérola resgatada de uma inusitada concha localizada no mar profundo de sua sensibilidade de avô...
Ao me vender o livro, no entanto, ele tratou logo de se justificar: "não se trata de um livro infantil"...
Bem, digo apenas que gostei muito de ler o seu livro, Bohana!
No entanto, se, de fato, ele não foi escrito tendo por alvo o público infantil, foi feito sim para criança, viu... Para a criança que habita em todos nós!
Percebi grande perspicácia sua, no fato de você ter sabido bem dosar puros e delicados tons de humor, simplicidade, cumplicidade, sinceridade e muito carinho recíprocos entre você e seus valiosos netinhos (meus amiguinhos do coração, agora!), capturando, na medida certa, o melhor dos "ângulos" das tantas "tiradas" e espontâneas dádivas de sabedoria e "ingenuidade esperta"; o que, aliás, é o que se pode esperar dos pequeninos que a Vida nos oferece como graciosos companheirinhos em nossa Caminhada Existencial,
não é mesmo?
Essas pequeninas "Conversas Divertidas de Netos que Todos Gostam de Ouvir" são, na verdade, um belo, emocionante e pedagogicamente justificado álbum de "fotografias literárias" de eternas recordações materializadas na forma de fidedigna reprodução e generosa exposição daquilo que há de mais sagrado e precioso na vida pessoal de um homem realizado profissionalmente, que não abre mão de bem exercer seus não menos importantes papéis de esposo, pai, e, particularmente, VOVOZÃO... Cauã e Rafa que o digam!

RECOMENDO!

Jorge Pi    

segunda-feira, 3 de setembro de 2012



Sincronicidade pefeita entre Pessoa, ideia, imagem e palavra, numa retilinearidade poética descomunalmente simples a se consubstanciar em impecável interpretação autraniana encarnada em visceral e precisa produção imagética de uma era cinevideomaticamente internética...
Sincronicidade perfeita entre Pessoa,
 ideia, imagem e palavra, numa
 retilinearidade poética
 descomunalmente simples a se
 consubstanciar em impecável
 interpretação autraniana encarnada em
 visceral e precisa produção imagética
de uma era cinevideomaticamente
internética...
- Jorge Pi -