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sábado, 28 de abril de 2012

Ecologia Espiritual

"Momento importantíssimo para o atual cíclo de atividades da Ordem Rosacruz, AMORC. O Digno Imperator da AMORC, discursou nesta quinta-feira (27/04/2012) no Senado Federal, sobre o futuro do nosso planeta, por ocasião dos preparativos do evento RIO+20 que acontecerá em junho no Rio, e a ordem engajadíssima no assunto Ecologia Espiritual, está fazendo parte deste grande evento. Chamo a atenção para a presença do Digno Grande Mestre da Ordem Rosacruz, AMORC, para Jurisdição de Lingua Portuguesa, Fr. Hélio de Moraes e Marques, F.R.C. E também, após a leitura da "Exortação Rosacruz para uma Ecologia Espiritual", nosso Imperator representando os Rosacruzes do mundo inteiro recebe um elogío do Senador Cristóvão Buarque que destaca a importância da Rosacruz, AMORC no mundo e principalmente no Brasil. Destaque também para a tradução simultânea do Fr. Raúl Passos, F.R.C.
Paz Profunda!" - Tom Woody, FRC

 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Divagações Ceboleiras

- Pintura compartilhada do Facebock no perfil de Samara Peixoto -
(Não sei o nome desta bela obra de arte de Adilson Lima... Bem poderia ser "Coreto em Aquarela") 



Bela aquarela... Aquarela bela...



Tons sobre tons pelos tons sob os tons... Tontos, bailamos coreteando ao redor... Rodeando e Faustocardoseando o Emblema-coreto-correto-corrente... Menino e menina e menina e menino... Ser-bolo e ser-bolas ...e ser-praça que passa... Verde que envolve e que "em-praça" o que fica... Ficam um Desejo e uma Enorme Saudade... Atma-esfera... Atmosfera de uma ótima espera ao fitarmo-nos na esfera a luzir no mais alto... Colunas sustentam e preservam moura núvem em concreto desfecho... De resto, uma réstia: há degraus que nos chamam, silentes... Há provável aparência com "tele-transporte" em que nossas mentes-sementes se vão pruns confins de nós próprios: 'Ce-bola ou não ser? Eis a questão'!!!

Jorge Pi

sábado, 14 de abril de 2012

O Nu



Podemos ver o nu também na superfície do tecido de nossas roupas, se pudermos nos dar ao luxo de entender a nossa realidade humana construída à base de Agonia e Êxtase cotidianos... A pele, enquanto superfície, é a roupa de nossa carne, músculos e órgãos... Nossa carne, nossos músculos e nossos órgãos são as roupas de nossos ossos... E, na perspectiva deste jogo de camadas que se superpõem e se coadunam, o nu do que nós somos em nossa ontológica interpretação fugidia do que seria o nosso Eu Verdadeiro, poderia vir a se nos configurar como uma emblemática roupagem a ocultar o nosso Desconhecido Ser...tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante de nós próprios! 


Jorge Pi

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sábado, 7 de abril de 2012

Uma Mui Brevíssima Apreciação da Teoria do Conhecimento em Platão



              Para que possamos ser iniciados na teorização platônica de uma gradação modal da realidade ontológica, precisamos nos familiarizar com o seu Argumento da Linha Dividida, encontrado no Livro VI da República, evidenciando as noções platônicas a respeito de dóxa e episteme, além de identificar, no âmbito da ascensão do mundo sensível ao inteligível, os objetos do conhecimento [eikones (imagens), zóa (coisas vivas e coisas visíveis), tá mathéma (objetos matemáticos) e eidos (formas, idéias)], bem como os modos [eikasía (“imaginação”; simulacros), pístis/dóxa (crença/opinião), diánoia (raciocínio dedutivo) e Nóesis (intuição intelectual: episteme)].
           Em segundo lugar, relembremo-nos da Regra Áurea proposta (ou descoberta) pelos antigos gregos. Além disto, convém termos em mente as definições retiradas mesmo dos dicionários comuns referentes aos termos “teoria” (exposição de princípios fundamentais, doutrina, generalidades; opinião, conjetura, cálculo, aviso; ação de olhar, ver, observar, especular, contemplar) e “conhecimento” (compreensão, inteligência; idéia, notícia, informação; o saber, instrução, erudição, ciência, doutrina; consciência, acordo; entendimento).

             Então, vejamos!

             Na Grécia antiga, acreditava-se que todo o mundo e todo o cosmo era composto de apenas quatro elementos: ar, água, terra e fogo. Os Pitagóricos (uma sociedade secreta cujos membros se dedicavam ao estudo da Matemática e da Filosofia) conheciam a existência de quatro sólidos geométricos perfeitos - tetraedro, hexaedro, octaedro e icosaedro -, aos quais se associavam, segundo eles, cada um dos elementos componentes da Natureza.

             Ora, acontece que o homem sempre teve necessidade de estar ligado a crenças divinas e de buscar as origens do Universo, tentando encontrar aí suas próprias raízes. Para tanto, ele sempre procurou ordenar tudo que lhe rodeiasse. O homem sempre buscou encontrar um Ser Supremo, que pudesse representar a perfeição, pondo uma ordem na aparente desordem que constitui o mundo. Quando os Pitagóricos descobriram o quinto e último sólido geométrico perfeito sentiram a necessidade de associá-lo a algum outro elemento do Universo. Seguindo suas crenças, nada melhor do que associá-lo com os Deuses, já que não havia mais elementos tangíveis com os quais pudessem estabelecer as suas relações. Este último sólido descoberto foi o Dodecaedro, a quem Platão chamou de "o mais nobre corpo entre todos os outros". Entre os cinco sólidos geométricos conhecidos, o dodecaedro e o icosaedro são aqueles que apresentam mais relações com o número "Phi". A escolha do dodecaedro para representar a ligação com os Deuses parece ter se dado por razões filosóficas e por uma razão matemática simples: enquanto este é constituído de pentágonos perfeitos, que se relacionam fortemente com "Phi", aquele é composto de triângulos equiláteros, que não possuem relação direta com o número "Phi". Chama-se "Phi" ao número 1,618...., encontrado, matematicamente, através de deduções algébricas ou geométricas. Para que possamos chegar, algébricamente, ao valor de "Phi", precisamos partir do segmento abaixo.


            Pelo estudo das proporções, podemos estabelecer que a razão áurea é definida algebricamente como:


             Assim, no livro VI da República, Platão nos apresenta um caminho quádruplo, ascendente ou ascensional, através do qual possamos transitar da sensação e da opinião (dóxa) para a ciência ou o saber (episteme).


             Desta forma, os modos de conhecer, que correspondem aos objetos do conhecimento indicados acima, segundo Platão, são em número de quatro, podendo ser distribuídos (para que possamos melhor compreender) em uma “linha” dividida em duas partes desiguais, na menor das quais situa-se o mundo sensível (o plano da dóxa) e, na maior, o inteligível (o da episteme). Subdividindo-se cada parte em duas, em igual proporção obtém-se: a imagem/cópia (eikasía) e a opinião (pistis ou dóxa), no mundo sensível, e o raciocínio matemático (diánoia) e a intuição (nóesis, episteme), no inteligível. E tal subdivisão tem que obedecer à seguinte proporção: a imagem/cópia está para a opinião, assim como o raciocínio está para a intuição.

Jorge Pi




Bibliografia


BOYER, Carl Benjamin. História da matemática. Trad. Elza Gomide. São Paulo: Edgard Blucher, 1974.

CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia, dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, vol. I.

PLATÃO. A República. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1988.