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quinta-feira, 30 de maio de 2013

COLORIR PAPEL - JAMMIL

domingo, 26 de maio de 2013

LE MYSTERE DES VOIX BULGARES


Borda
          bordada
                      dada
                             a
                              bordão
                                      rebordado
                                                  dado
                                                          a
                                             rebordar
                                            a
                                             borda...
                                                                                                      ( Jorge Pi )

Conversa de gato...

Há mais sentido entre um miado e outro do que possa imaginar nossa vã gaitadaria...
  
- Tradução ?! -

A aplicação da meditação em presídios na Índia...

Bombardino...



"O Bombardino é um instrumento difícil de tocar, não pela escala e execução - que é equivalente aos demais, mas principalmente pela função que ele tem na Banda de Música. O bombardino dificilmente sola ou faz a melodia principal, fica 'por trás ou com uma melodia paralela' se metendo nas conversas dos outros, com fraseados riquíssimos que exigem muita velocidade nas execuções e uma boa leitura musical."    -     Anderson Da Silva Almeida

Xingu - Quinteto Abanã e Juçara Marçal


Publicado em 23/10/2012
Quinteto Abanã e Juçara Marçal
Música: Xingu (João Nascimento)

Juçara Marçal: voz
João Nascimento: voz e cavaquinho
Negravat: voz
Giovani Di Ganzá: violão

contato: joao@nacao.org.br

Gravado e produzido no Estúdio 185
Câmera e Direção: Beto Mendonça
Edição: Jeannine Gentile
Grande amigo Genivaldo, saiba que fico muito entusiasmado ao notar que você postou algo novo da Rica e Ondulantemente Refinada Cultura-Afro no Face... Sem mais nem menos, vejo-me mais uma vez diante do maravilho Espírito-Irmão da Mama-África, fonte de todas as experienciais e SUBSEQUENTES caminhadas dos vários projetos de Vir a Ser Humano, Mãe-Terra a fora... E, então, naturalmente, rendo-me diante de tanta beleza ancestral de um particular astral que se revela, no entanto, mais verdadeiramente moderno do que aquele do chão cultural no qual pisamos neste ocidental tempo de tantas cocacolizações ideologicamente impregnadas de um vazio extremamente escravizante e inapelavelmente empobrecedor... Assim... Minha alma agradece... Minha mente se engrandece... Meu coração se enternece... Pois, de repente, algo se movimenta, insustentavelmente, em minha pequenina capacidade sensitiva e, sem que me dê conta, apercebo-me em um Profundo Mar de Aguçada Sensibilidade e de Indubitável Conscientização da real e factível necessidade de inspirarmos Diversidade para que possamos expirar uma vivificante e enriquecedora Amorização em nossa construção daquilo que, utopicamente, teimamos em denominar de H U M A N I D A D E !!! 
Jorge Pi

domingo, 5 de maio de 2013

Mito e Filosofia...

   À tentativa de definir as origens do mundo, da realidade humana, no que diz respeito à sua gênese, o povo grego, durante o período homérico, utilizava o mito como instrumento de mediação entre a necessidade de buscar respostas às misteriosas manifestações da natureza e a compreensão racionalmente adequada à sua mente caracteristicamente irrequieta e perquiridora.
    Os mitos, diversos e imaginativos, eram narrativas espetaculares e muitas vezes mesmo contraditórias, nas quais, através de relações sexuais entre deuses, convencionava-se de tal e qual forma teriam sido gerados os diversos componentes constitutivos do Universo.
        Herdeiros de povos e culturas antigos, os gregos, no entanto, alteraram genialmente esta maneira de responder sobre as origens do mundo, racionalizando os mitos e humanizando os deuses.
       Assim, como natural desdobramento de tal genialidade, os gregos, aos poucos, desenvolveram um sistema de pensamento que não era, necessariamente, continuidade dos mitos, mas, o mais das vezes - ou sempre, o seu oposto; qual seja: a filosofia.
       Etmologicamente, a palavra filosofia nos diz de uma certa amizade (filia) à Sabedoria. A partir de então, não mais são aceitas narrativas, tão-somente, das origens do mundo, mas há o instituto da busca pelas explicações racionais, sistemáticas e organizadas em um corpo lógico de conhecimento sobre a natureza do mundo, em que se poderia falar sobre confluências relacionais entre 'forças e leis naturais', através das quais o mundo e o próprio ser se manifestariam de maneira racional e, não, magicamente.
        Dessa forma, como a era dos mitos na história da Grécia tinha sido pincelada, magistralmente, através das belas narrativas de Homero, Hesíodo e tantos outros, assim também, e numa tragetória ainda mais fascinante, o mais agudo, profícuo e vigoro mergulho da mente humana, na dimensão da verdade (até então), sob os domínios da razão, acontecera através de homens grandiosos do peso, por exemplo, de um Pitágoras que, embasado na catogoria do número, batizara como filosofia; um Tales, que dissera, equacionalmente, que tudo é água; um Sócrates que, num misto de fina ironia e autêntica humildade, empenhara suas energias, bem como sua própria vida, a fim de que todos soubessem que de nada sabiam, conforme ele próprio teria compreendido, dialogicamente, num relance de sagacidade, por intermédio de seu daimond; um Platão, ardoroso defensor de seu mestre, que, utilizando, num momento de estreito contato entre mito e filosofia, da metáfora da caverna, ousara falar, analizar e reconstruir no mundo das idéias, a sua tão cara Atenas.
        Portanto, se, por um lado, filosofia é conhecimento racional e, mito, narrativa sobrenatural e religiosa, existe, no entanto, uma profunda e quase insuspeita relação entre ambas, em via de mão dupla, numa intersecção que tangencia o próprio espírito do pensamento grego, por princípio, natureza e tendência: como idéia de continuidade, a filosofia seria filha emancipada e sobrepujaria o  próprio pai; como idéia de descontinuidade, ela seria herdeira sem consanguinidade... mas, e talvez por isto mesmo, profundadamente grata em se saber, perenemente - nela e por ela própria, re-flexão.

Jorge Pi